21 de setembro de 2011

Apenas uma coisa: a descoberta.

Quem me conhece sabe que uma das minhas maiores referências é o Cildo Meireles, mas o que quase nínguem sabe, ao não sabia, pois vou escrever agora, é que de certa forma lutei muito contra a pintura, não que a pintura não tivesse a força necessária na época em que fazia meus estudos, mas era como se eu quisesse me aproximar, ou até mesmo fazer o que os grandes mestres contemporâneos fazem ou fizeram, erro meu, a repetição na arte é apenas a repetição de um pensamento, e para a história da arte não há repetição, mas um movimento sempre para a busca do novo, do desconhecido, da experimentação, do erro e do acerto. Mas penso que querer ser Oiticica, ou Duchamp, ou Meireles não foi um equivoco da minha parte, pelo contrário foi a parte mais real e verdadeiro do meu estudo, não o estudar pelo estudar, mas o estudar para descobrir e aprender. Querer ser o seu ídolo (pai, mãe, irmão, tio, vizinho, artista, etc) é tentar pelo menos um pouco, agregar o que cada um em de melhor e tentar vivenciar na sua experiência o que há de fazer melhor para nós mesmos.
Se deixar, permite que o tempo nos molde lentamente e quanto mais conhecimento adquirido juntamente com a prática, a experiência, o nosso próprio eu interior se encarrega de indicando caminhos que possamos percorrer, e na nossa própria inocência trabalhar, trabalhar e trabalhar para quem sabe um dia, sem nenhuma certeza, talvez, encontrar um  caminho, o novo.
E por mais que eu tenha estudado grandes artistas contemporâneos e suas instalações, projetos, etc, decerto que estou no meu próprio projeto de pensamentos mas através de uma tela em branco que precisa de apenas uma coisa: a descoberta.
Abaixo um vídeo de Cildo Meireles falando da sua instalação Rio oir em cartaz no Itaú Cultural, em São Paulo, até 2 de outubro de 2011.




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